Dona da Porrah Toda

"Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura real..."

MEU PAI, O AÉCIO E A DILMA...

As eleições acabaram, a PresidentE Dilma foi reeleita e contrariamente as eleições passadas, as brigas, clamores, manifestações partidárias e indignação das “campanhas” não se encerraram com a apuração e eleições concluídas, em alguns momentos, pelas redes sociais principalmente, temos a impressão de que elas nem terminaram e estamos ainda decidindo entre eleger o “Salvador da Pátria” e a “Rainha da sucata”, para mim tudo a mesma coisa, se querem saber.
Se por um lado isso é bom, porque demonstra que as pessoas estão mais interessadas em saber, acompanhar e se manifestar politicamente, por outro lado, e este ainda massante, demonstra através das mesmas, o quão ainda os eleitores discutem e tratam de política como quem assiste e torce numa partida de futebol. E ainda quem, enquanto assunto futebol, até entende e  tenta opinar bem dentro do pouco conhecimento; a grande maioria, a chamada massa, mesmo esboçando alguma vontade, agem como os que compõem a grande torcida, ou seja, se comprometem apenas a torcer e agitar a torcida, fazendo assim do time um destaque mais pela torcida que tem do que pelo próprio futebol que os jogadores apresentam.
Um exemplo disso é que poucos, raros são os que conseguem levar uma discussão sobre política sem se enveredar por agressões ou terminá-la convidando a mãe do outro para entrar na roda. Outro exemplo é o próprio conhecimento do povo sobre os efeitos e conseqüência da política na vida da gente enquanto rua, bairro, cidade, estado e país. Eu não sei hoje em dia porque meu filho tem apenas 7 anos de idade e cursa agora o 2º ano do ensino fundamental e se me recordo bem, fui “estudar” sobre “política” quando estava entre a 5ª e/ou 6ª série, então nem sei se os adolescentes de hoje em dia aprendem sobre legislativo, executivo e judiciário nas escolas, e também nem sei se isso faz alguma diferença que seja, haja visto que o que aprendi na época não ajuda em nada a entender a prática da política, essa política a qual votamos e esperamos tanto.
Eu pelo menos lembro de que quando estudei isso, foi mesmo só para aprender a diferença entre uma e outra, muito rabiscadamente e aprender qual pronome usar quando me referir direta ou indiretamente a Excelentíssima Presidente da República, caso algum dia eu resolvesse escrever uma carta para ela ou mesmo e ainda fosse “trocar uma idéia” com ela (como se a Presidenta estivesse add ao meu perfil do Facebook e/ou teclasse comigo no “Zapzap” e putzzz quem escreve carta hoje em dia kkkkk...zoando kkk).
Quer ver o quanto as pessoas entendem ou querem entender de política mesmo hoje em dia, é só fazer uma releitura da última eleição.  O que você vê?? – Vou te dizer o que eu vejo, melhor, o que eu que moro em periferia vejo, e vou começar com um exemplo de casa ok. Aqui em casa somos três filhas de pais separados e evidentemente, pais separados rs. Meu pai tem 67 anos e minha mãe 57. Nós temos respectivamente 36, 34 e 28 anos. Eu não sei em quem minhas irmãs votaram, nem iria revelar porque essa não é a questão aqui. Meu intuito aliás não é expor aqui as decisões de meu pai nem em quem ele votou especificamente, mas quero usar o exemplo dele para que vocês entendam e vejam o quanto a maioria ainda muito influente nas decisões de quem vai governar nosso país ainda sucubem ao desconhecido e deturbado. Ao certo quando lerem a postagem terão de início uma sensação de “caso isolado” mas se estão lendo isso no seu canto confortável da casa, melhor se levantarem, desligarem o sound hold e se aventurarem a trocar algumas idéias com as pessoas mais antigas  e de pouca escolaridade do Brasil (que são muitas) para perceberem que esse tipo de pensamento e atitude, por mais que hoje em dia somos mais antenados e informatizados, ainda prevalece e consequentemente também por isso que esse tipo de política persiste no poder.
Conversando com meu pai por telefone no dia seguinte a eleição, em meio ainda aquele “calor” de conversações que se estenderam por semanas (pra falar a verdade, até hoje o povo fala a respeito rs), crente que ele  votara mais uma vez no Aécio Neves, candidato escolhido por ele no primeiro turno, perguntei a meu pai como ele estava lidando com a vitória da então candidata Dilma Roussef e eis que ele me surpreende voltando a pergunta com um “porque” não entendendo minha dúvida e rapidamente respondi que perguntara aquilo justamente porque supunha que ele havia votado no mesmo candidato do primeiro turno, e que para minha surpresa total, não foi. Surpresa mesmo, porque meu pai, ao contrário de mim, tem verdadeira adoração pelo Aécio Neves e eu como filha e geração posterior, já informatizada e principalmente tendo tido a oportunidade de compartilhar de um dia inteiro vendo como ele se porta e comporta, bem ao estilo dele mesmo, tenho verdadeira antipatia e falta de encanto (notaram que estou tentando ser bem delicada nessa parte néh, com certeza alguém que me conhece deve estar nesse minuto se perguntando porque oras boletas eu estou colocando palavras tão bonitas para enfeitarem meu verdadeiro sentimento kkk) pela pessoa e política que ele apresenta, mas surpresa maior tive quando resolvi perguntar a meu pai o porque dele ter escolhido a candidata e não ele no segundo turno.
Crente que meu pai esboçaria ali naquela conversa suas razões e decisão baseadas nos últimos acontecimentos que fosse ou mesmo uma mudança de opinião de repente pelo que seu candidato foi notícias nos últimos anos, eis que meu pai sai com essa narrativa em resposta a minha pergunta do porque da mudança para o segundo turno:
“Votei na Dilma porque não gosto de perder e como ela iria ganhar no segundo turno votei nela, não voto em quem vai perder”. Espantada ainda tentei entender os argumentos do meu pai e novamente o questionei, se ele havia votado no Aécio no primeiro turno porque então e ele então na sua maneira incisiva me respondeu mais uma vez:
“Não, no Aécio eu votei no primeiro turno porque queria que ele ganhasse, gosto dele, queria que ele ganhasse, mas como ele estava perdendo no segundo turno, votei na Dilma porque não vou votar em quem vai perder e ele não ia ganhar”. Alguém entendeu o raciocínio do meu pai aqui? Parece contraditório e sem nexo algum não é? Se você pegar o raciocínio do meu pai e limitá-lo somente na palavra “perder” vão perceber que ele não votou na Dilma porque acredita ou gosta do governo dela, nem porque ficou convencido de toda propaganda porca que tanto ela quanto o candidato Aécio expuseram durante toda a campanha. Meu pai é como a maioria ainda dos brasileiros deste país, um senhor hoje com 67 anos, que estudou apenas até a antiga 4ª série, que começou a trabalhar antes do termino da primeira infância e só foi ter o primeiro par de calçado aos 17 anos. Meu pai é como a sua maioria que nunca teve como aprender ou entender de política e nem tinha tempo para isto pois pertencia a classe massiva deste país que ergue só com trabalho braçal o país, nunca teve direito nem luxo para se debruçar sobre seus cadernos (nem sei se meu pai chegou a estudar usando cadernos em sua época, acho que não) e se dedicar aos estudos. Meu pai foi o tipo ainda muito comum de brasileiro, que levanta ainda hoje de madrugada e só volta pra casa quando o sol já foi dormir; que não tem feriado, descanso, férias, fim de semana só pra ele e defini conforto como um luxo suficiente que o permita carne na mesa mais que uma vez por semana e brinquedos para os filhos uma vez por ano, seja no aniversário ou natal, cabendo aí uma escolha ainda ok. Meu pai é um dígito apenas dos números trilhardários inscritos na previdência que anseiam ou sonharam com sua aposentadoria e finalmente fazem gozo dos poucos trocados, hoje já cientes pelo menos de que não se trata de uma concessão do governo e sim um direito ao uso do que é deles por direito.
Meu pai, assim como ainda hoje a maioria dos brasileiros existentes e de pouco entendimento sobre o que, como e porque da política existir e fazer, não quer nem tentar entender mais hoje em dia sobre os porquês e o quês da política, querem apenas que seu candidato vença para que não se sintam perdedores, vencidos pelos candidatos dos amigos ou adversários. Para eles inocentemente seus votos não tem poder ou diferença alguma e nessa de que ainda o que prevalece é o cabresto e a voz da maior torcida, vai se ficando complicado, porém não impossível entender e fazer do voto uma conseqüência decisiva nas eleições.
Contudo e visto por mim positivamente, seja através de indignação ou manifestação de facebook, blog ou mídia (e em todas as opções eu, porque não, também me encaixo), seja através de discussões envolvendo ou não a mãe de outrens e/ou seja através de um raciocínio político leve e continuamente progressivo, vamos a cada dia nos interessando mesmo que inicialmente apenas na condição provocativa, conduto sempre evolutiva para que algum dia possamos nos considerar mais entendidos da política que nos fere e refere diretamente e assim se aprofundarmos nosso aprender, possamos daqui uma ou duas décadas fazermos do nosso voto a arma de salvação que tanto desejamos empunhar com orgulho e conhecimento. Para isto, basta o simples e básico para qualquer coisa na vida, interesse, vontade e atitude.
Beiças!

IM BACK !

Hellows bangers, amigos do face e leitores do meu antigo blog Coisas da Nefasta, voltei!!!!!
Não aguentava mais ficar sem escrever nada. Esses meses apenas lendo e rascunhando coisas em casa quase me fizeram pirar, mas calma, hoje é só o primeiro dia e eu quero ir com calma hehehe.
Esse blog novo é sim, uma continuação do meu, e não, não será como o antigo que eu tinha. Sei lá, depois da "morte" brusca e repentina do "Coisas da Nefasta" não quero me apegar virtualmente a mais nada, mas sinto falta de falar sobre minhas coisas, botar pra fora minha opinião, desabafos, reflexões e tudo que me rodeia e como não tenho mais idade para "Dear Diary" e nem saco pra isso kkkkk, vou de blog mesmo!
Sejam bem vindos e pra não perderem o meu velho costume...vamos começar a putaria kkkk
BEIÇAS!