Dona da Porrah Toda

"Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura real..."

PARABÉNS PELO BUNDÃO !

Gente, já tem uns dias (sim, mesmo antes de oficialmente ir para o ar na rede glóbulos brancos de televisão) que eu ando vendo um murmurinho abafante sobre a bunda da Paola oliveira na Televisão. Oficialmente foi para o ar ontem, eu acho, digo isso porque embora tenha ficado bastante tentada com as vinhetas da minisérie na TV, eu não sou muito de ver televisão, são poucas coisas que gosto de ver na TV e principalmente na globo, geralmente alguma minisérie que me atraia com uma boa trama e fora isso, o programa Altas Horas, Danilo Gentili, A liga, CQC e policia 24hrs se querem saber. Não tenho TV a cabo.
Bem, voltando ao assunto da bunda, digo, da minisérie Felizes para sempre?, tinha feito planos (aquele tipo de plano meio sem plano,meio desanimada por causa do horário) de assistir, mas acabei perdendo o dia da estréia e não lembrando. Contudo o que era um burburinho na net virou praticamente um bug do milênio quando a cena em si foi ao ar e tomou conta do planeta terra...a bunda da Paola Oliveira.
Confesso que até ver a cena que virou meme, que virou repeteco, que virou gif, jpg, stream, capa de tela inicial de celular e PC, viral do youtube, trend tops do twitter, e se não fosse a protagonista contratada exclusiva da rede globo viraria até fenômenos do youtube no programa da Eliana, eu particularmente não achava que seria “aquilo tudo” que eu vi, achei que toda essa balburdia era mais por conta da atriz fazer mais papéis de mocinha recatada e levar consigo essa aparência, e até pelo par de coxas exibidas na dança dos famosos imaginava uma “popinha” mais saliente, mas nada que me deixasse na situação em que fiquei.
Que ela é uma atriz linda todo mundo sabe, engraçado que eu lembro de ter visto um filme dela com o Reinaldo Gianeccini, e ela no filme também apareceu seminua, mas puta queo pareo, pelo amor de Ozzy, onde que estava escondido aquele ser de vida própria que em nenhum momento apareceu “causando” tanto ofuror nos homens e porque não nas mulheres também??
Antes que me giletem, me butinem ou me bixessiem (acho que acabei de inventar essa palavra kkkk) te convido mulher hetero e feminina a não fingir nesse momento ok, nem vem com essa de tentar achar defeito ou dizer que é efeito de novela ou ainda hidrogel rs, admitam como eu estou fazendo agora, é a bunda mais bonita que vocês já viram até o momento, to errada?? – Quem é o hidrogel, silicone, qualquer uma dessas “tretas” montadas e moldadas para replicar na terra uma bunda como a da Paola Oliveira?!
O que eu sei é que a mulher escondeu direitinho o “bonde” e provou que o que fica guardado e reservado a poucos debaixo das vestes, quando revelado causa nos homens e em nós porque não dizer, maior prazer e ofuror do que o que hoje em dia nos é dado de graça e até vulgarizado por quase todas “novinhas” de plantão.
Fecho esse texto por outro lado traumatizada e agora com menos coragem de expor minhas partes herdadas de papai para quem for. Sempre fui revoltada por ter herdado do meu papi justamente a pouca bunda quadrada a quem afetuosamente chamo de bob esponja e mesmo com meu marido insistentemente me garantindo que só eu vejo minha bunda assim, quando escondo-as em calças jeans e bermudas, tudo que eu queria é que as pessoas também as enxergasse ali em algum lugar saltando na roupa kkkkkkkkkkk, ta, não é tão assim, mas é como eu me sinto rs, eu sei que fui recompensada com um padrão americano de pouca bunda e muito peito mas talvez eu tenha descoberto meu primeiro sentimento inferior humano (flw a espírito de luz kkkkk), porque por pouco que seja e pela primeira vez, senti uma invejinha daquela voluptia rs; mas nada que me limite ao ódio ou corroer meus dias desejando profundamente que aquela bunda amanhecesse em mim rs e por isso termino meu post de hoje pelo óbvio...

Parabéns Paola Oliveira pelo #Bundão!


P.s >> Meu marido não sabia e tomou conhecimento do “assunto” agora enquanto eu lia o post para ele, não me pediu nem sugestionou mas vi em seus olhos e só em seus olhos (rsss) um brilho de curiosidade. Pergunta: eu seria trouxa ou totalmente segura de mostrar para ele uma bunda daquela ?? Comentem aí! kkkk

VOCÊ É A OVELHA OBESA DA FAMÍLIA


Hellows pessoas, como vão?!

Pois é, estão vendo o título da postagem de hoje néh...aconteceu comigo na última consulta que tive ano passado com a médica que faz meu controle de Crohn. Estava eu lá na espera da médica me chamar, quando meio que já desanimada eu tentava a todo custo fazer meu fone de ouvido funcionar no celular. Ele sempre me sabota quando preciso dele e sempre que vou ficar em meio a tumulto, gente que fica naquele bla bla bla desnecessário para matar o tempo, eu prefiro botar meu mp3 pra rolar uns sons ou ouvir a 98fm no meu cel.


Acontece que a porcaria do meu foninho não funcionava de jeito nenhum e pela altura que todos conversavam lá eu acabava participando das conversas até sem querer. É incrível como as pessoas não sabem fazer silêncio em ambientes onde o mesmo se faz necessário. Hospitais são lugares do tipo onde por mais que a gente deseje e mentalize o silêncio não acontece. O mais engraçado é que deveria ser um local como igrejas, velórios, etc...silencioso, afinal, as pessoas vão para o hospital porque não estão bem, mas ainda sim, não estando nada bem, não conseguem ficar caladas. Enfim.

Estava eu lá aguardando minha vez quando duas mulheres que estavam num bla bla bla danado resolveram trilhar o caminho de um assunto que não entendiam e não dominavam. Tirei esse conceito das ignorâncias estapafúrdias que disparavam e ao contrario do que você pensa, não, elas sequer demonstraram vergonha sobre tal ignorância, muito pelo contrário, falavam cada vez mais alto e cada vez mais com ar de razão, buscando em quem passou a ouvi-las quase que obrigatoriamente pela quebra de silêncio um “concordo” de olhar que não veio, porém também não foi protelado e muito menos protestado, mesmo com todas as caras reprovativas.

Eram mãe e filha que aproveitavam a ausência da outra filha, esta pelo jeito alguém bem acima do peso e motivo de toda balburdia criada pelas duas que as duas tratavam. A mãe atribuía as piores qualidades, se é que posso dizer assim a que considerava ser a filha vergonha da família, a irmã por vez, se limitava a concordar com a mãe balançando a cabeça e ora vezes esboçando o mesmo nível de insatisfação. Pelo que entendi a situação era essa, mãe e filhas magras e essa filha julgada e condenada como “ovelha obesa”. Ovelha por parte dos pais e obesa por conta genética mesmo. Confesso que tive dó dessa mulher, voltei 25 anos na minha vida, quando eu era julgada e surrada pelos olhares assim como ela estava sendo humilhada naquele momento. A própria mãe fazendo piada da filha, elogios pejorativos e disfarçados em “brincadeirinhas” de um puta mal gosto, até que ela apelou para a total e completa ignorância de evolução humana.

Eu, que estava sentada bem ao lado dela e dividia com ela os olhares das pessoas que estavam no corredor, algumas silenciosamente indignadas com o que aquela mulher dizia, outras meramente constrangidas, porém claramente sem jeito, porque você que está lendo sabe, todo mundo fala de gordo, todo mundo fala de feio, fala de gay, fala de negro, mas são poucos os que falam sem se intimidar com a presença da pessoa no local, ou se não for esse o caso dela, ouso dizer que, ela é muito sem noção.

O fato é que por ninguém cortar o assunto dela ela foi ganhando espaço e voz no corredor e quando eu me dei conta percebi que estava na hora de alguém calar aquela mulher e coincidência ou não, no mesmo momento em que pensei isso ela me veio com o mais idiota dos conceitos disparados por ela até aquele momento e sem freios como um cara que acelera feito doido na rodovia ela vira e afirma para todos que estavam ali, que ela, justamente por ter e conviver com uma filha gorda, tinha certeza, todas pessoas que são gordas, são gordas porque não tem educação. Ktcham!

Me digam, eu aqui durante anos da minha vida me debruçando em leituras de pesquisas cientificas, acreditando no poder da ciência e ainda sim nesse quesito discordando dos estudos já divulgados por ela a respeito da obesidade, vendo e convivendo com pessoas que sofrem de obesidade mórbida não provocada por dietas a base de mc donalds e donuts como os americanos; gordos que assim como eu sempre tiveram alimentação saudável, de muita fruta, verdura, legumes, e todos esses bla bla blas que a ciência e cultura social espalha por aí ser bom, gordos que não como eu, já que eu assumo publicamente que embora não coma o tanto que você provavelmente imagina em termos de quantidade para estar do tamanho que estou, faço tudo errado, como com longo espaço de tempo, não faço exercício e gosto, gosto muito de comer, como de tudo e mesmo hoje bem restrita no quesito alimentação por conta do Crohn, não me sinto privada de comer e não me sujeito a deixar de comer (só realmente o que não posso por causa da doença) nada em nome de beleza ou magreza social estipulada.

A mulher não sabe, mas tenho certeza que se a filha dela come mais ou ganha peso desmedidamente sob mínimos exageros, ela tem boa parte dessa culpa, afinal ela, até por não aceitar a condição e biótipo da filha, deveria ser a primeira a estimular e incentivar positivamente a filha e principalmente por ser mãe deveria é defender e amar incondicionalmente essa filha e não usá-la como apoio de copo dos goles de zombaria que toma as custas da filha.

Você deve estar aí pensando se eu consegui me manter calada mesmo depois dessa asneira escarrada na minha roupa. Claro que não! Até esse momento eu confesso, estava com pouco saco para discutir qualquer assunto com esta senhora. Eu tenho essa mania de estabelecer diálogos ou discussões mentais com pessoas com quem me reservo ao direito de ignorar qualquer manifestação que demonstre que eu sequer estava ouvindo-as, mas essa hora foi demais pra mim, que não fosse por uma questão de honra, já que querendo ou não ela me incluía nesse meio, seria ao menos para calar aquela boca de asneiras sem fim, e foi o que eu fiz.

Ela tomou um susto quando surgi no assunto, virei meu corpo e rosto para seu lado; acho que por minutos de atenção do grupo que ali estava, ela tinha se esquecido ou não percebido que dentre aquelas pessoas que ali havia uma gorda, uma pessoa beeeem acima do seu chamado e nomeado peso e que pasmem, ousava povoar aquele ambiente trajando um vestido franzido e se isso não lhes causasse repulsa suficiente era uma gorda que falava. Horrorizados demais? Vocês não viram nada.

Eu não estava com a menor vontade de manter um diálogo com aquela mulher, era não merecia que eu dividisse com ela meus conhecimentos, sei que pareço arrogante quando falo assim, mas se quer saber, fodas, ela pode ficar ali escarrando sua ignorância na minha roupa nova e quando sou eu que quero falar ou me calar não posso. Me polpem!

Só emiti uma única resposta, nem lembro mais o que falei se querem saber a verdade, só sei que quando falei, consegui calar aquela mulher. O que eu mais gosto em mim é o meu tom de voz e não tenho modéstia sobre isso. Tenho uma entonação que passeia muito bem entre o sério esporrádico e o humor debochado, escrachado e sarcástico, então quando quero ser séria do tipo “essa é para calar a boca e o assunto” consigo fazer isso sem baixar o nível ou precisar gritar para me destacar na multidão, é só abrir minha boca e falar pausadamente para quem ainda não conseguir entender ir desenhando o que falo na mente, e foi o que eu fiz. Respondi aquela senhora como não costumo fazer com pessoas mais velhas que eu, mas do jeito que ela merecia por ser tão preconceituosa e discriminar por ser diferente do que ela esperava, a própria filha. Como um cervo tentando se soltar das presas de um tigre, ela tentou se desvenciliar e até me excluir do grupo ao qual acabava de me incluir nas suas generalizações, mas já era tarde, a sua jugular estava destrinchada entre meus dentes já escondidos num suave sorriso de “agora somos eu e você” e o silencio foi tomando conta do ambiente, os burburinhos foram se acalmando e o assunto acabou.

Serenamente voltei-me para o sentido da minha cadeira, direção da porta da médica, ajeitei meu vestido nos joelhos e coloquei meus fones de ouvido que ainda não funcionavam e fingi voltar a ouvir uma música que só tocou na minha mente. A médica abriu a porta, se despediu do paciente que saía do consultório e chamou o próximo. Paralelamente a porta ao lado se abriu e a nutricionista chamou uma delas, a filha, mas a mãe que a acompanhava já também não vendo que lhe cabia lugar por ali se levantou e antes mesmo que a nutricionista a pedisse que aguardasse lá fora, foi entrando e se sentando e a porta se fechou.

Junto com a saída daquela mulher foi-se uma sensação de coação que ainda pairava no ambiente. Notei alguns suspiros de gente que mesmo não concordando se viu aliviado por não ter mais que manter a diplomacia e educação que preferiram optar para não ter de confrontar com alguém que possivelmente não os ouviria e dividi com eles olhares de outros que silenciaram mas engoliram a seco minha resposta, por concordarem com tamanha ignorância daquela senhora.


Mesmo passado minha consulta eu saí dali ciente de que falta muito, tipo muito mesmo, muito do tipo divisão era jurássica e atual para as pessoas entenderem o que não entendem e compreenderem que a graça do mundo e das coisas que habitam a terra esta em ser diferente e não igual.